domingo, fevereiro 15, 2015

Pequenas coisas na UM que irritam

Há pequenas coisas nesta Universidade que não sendo graves, irritam. Por exemplo, uma questão irritante foi o blackboard ter deixado de funcionar de uma forma direta no que toca ao DUC, ficando os docentes sem acesso aos sumários. Depois de muito tentar consegui uma informação dos serviços GAE como contornar o problema. Se a desmaterialização continua a dar problemas deste género, estamos mal e espero que não aconteça na desmaterialização o que aconteceu com o programa informático Citius fruto da desmaterialização feita à pressa no Ministério da Justiça. Outra questão que me irrita são os constantes e-mails de informação inútil sobre opiniões que professores da UM deram a jornais e canais de televisão sobre isto e aquilo da vida política nacional. Chamam a isto "O que os media dizem de nós" ou qualquer coisa do género. Não é altura de se fazer alguma coisa de substância em vez de opiniões? Anda muito por baixo o gabinete de comunicação e imagem... Se não tem mais nada a dizer, seria melhor acabar com este boletim ou pelo menos não o distribuir por e-mail na rede da UM. Outras pequenas irritações do dia a dia, principalmente no campus de Gualtar, são a falta de acessos para os carros e a falta de estacionamento. Quem chega depois das 10:00 horas vindo por exemplo de uma aula de Guimarães, já não tem lugar e tem que pagar. No entanto há um parque vazio, o das "oliveiras" logo à entrada. É um dos parques que passaram a terem pagamento extra. Para quê? A UM é uma empresa de parques que quer ganhar dinheiro com os seus membros? Ou é uma instituição que devia ter lugar para todos os seus membros e sem pagar, como a maior parte das empresas e instituições do país? Pelos vistos os alunos estão no mesmo barco. Mas os alunos pagam para ter aulas e os Professores são pagos para dar aulas ! Há uma diferença. Outras infraestruturas que não são feitos para os Professores, são os bares. Para beber um café no CP1 antes de dar uma aula é necessário ir um quarto de hora antes e mesmo assim um Professor arrisca-se a não ter tempo de beber o café, especialmente perto do meio-dia quando as filas de alunos são intermináveis. A alternativa seria a sala dos Prodessores que é uma sala num 2º andar, sem bar, com umas poltronas confortáveis de mais, resumindo, sem serviço rápido e eficaz para quem está de passagem entre aulas. Em Azurém, menos mal. Mas como estava bem, tinham que estragar. Agora no bar à entrada são cadeiras fixas em grupos de 4. O que acontece se forem mais de 4? Não se conseguem mover e o grupo tem que se partir em dois (ou três). Talvez tenham que decidir como se parte, se por idades, por departamentos, por tópicos de conversação ou por sexo. No entanto somos bombardeados constantemente com um jornal dos SASUM, serviços sociais da UM para quem não sabe, com fotos e artigos sobre as maravilhas que a equipa faz nesta Universidade em prol dos seus utentes. Não há paciência para tanta vaidade. Mas voltando ao que irrita na UM, aposto que este meu "post" vai irritar muita gente...e se o fizer e tiver alguma consequência positiva, então já foi tempo bem empregue escrevê-lo.

domingo, fevereiro 01, 2015

Desmaterialização

A Universidade está a ficar desmaterializada, como gosta de afirmar o sr. reitor. A última medida nesse sentido foi a nomeação dum diretor de serviços informáticos para o cargo de administrador, alguém sem experiência na área da administração pública, mas que tem vindo a desmaterializar os procedimentos administrativos, algo que o sr. reitor considera uma competência suficiente para o cargo. Diria que faltam outras valências, como a capacidade para administrar pessoas, uma vez que esse é uma parte muito importante do cargo. O que já se percebeu é que as pessoas também estão a ser desmaterializadas, com as alterações introduzidas no pessoal adstrito à contabilidade e à administração. Esperamos que tanta desmaterialização não cause problemas na assistência aos projetos de candidatura da UM, agora que a FCT e o programa 2020 estão abertos. Esperamos para ver se a vaga que varreu os serviços de contabilidade e administrativos não se torne num Tsunami e nos afunde a todos! Outras novidades virão com a passagem da Universidade a Fundação. É uma luta antiga do sr.reitor e agora parece que a conseguiu levar por diante. Não me recordo de mais nada que fosse referido pelo sr.reitor como uma vantagem, que não fosse relacionado com o aligeiramento dos procedimentos burocráticos e as autorizações para adquirir e vender imobiliário. Neste último caso, parece que a Universidade tem como objetivo fazer mais-valias e com essas mais-valias fazer mais obras. Para quê? Para despedir professores, o que também será mais agilizado com a passagem a Fundação, principalmente aqueles sem vínculo. Para quê mais espaços vazios? Só se for para encher o olho. Dinheiro que seria mais bem empregue a reforçar a componente pedagógica e científica da UM, que tem andado muito por baixo nestes últimos anos e que não se vislumbra que melhore com os cortes que ainda ainda aí vêm. Com pouco dinheiro, ainda é mais importante gastá-lo bem. Por muito importante que seja desmaterializar os processos burocráticos, de que não discordo, porque não aproveitar a passagem a Fundação e materializar aquilo que ainda falta materializar, o fundamental, ou seja, a formação de excelência, a ciência, de preferência com consequência, e a democracia académica, acabando com o sistema eleitoral vigente baseado em listas. Neste último caso, alterando os estatutos se necessário, para o conseguir. É o que eu desejo, sem no entanto esperar que isso aconteça com este reitor e com este administrador, ou outros que se lhes sigam saídos do mesmo lote, a julgar pelos últimos acontecimentos.