Na avaliação dos Professores não se sabe se os resultados vão ser
divulgados. Discutiu-se muito no passado de os então resultados das avaliações e
no caso da Escola de Engenharia a discussão incidia sobre um relatório bianual preenchido pelos Professores. No caso dos
funcionários li uma notícia de um caso no tribunal de um funcionário que contestou a
sua avaliação e que queria saber quem eram os felizes contemplados com
excelente no regime de quotas. O tribunal deu-lhe razão. Não entendo porque é
que as Universidades não divulgam quem teve excelente, por exemplo. Seria
natural que isso funcionasse como um estímulo para os próprios e para os
outros. Ou não. Pode até acontecer que alguns desses excelentes sejam
atribuições que não contemplam somente o mérito relativo aos outros
concorrentes, o que num regime de quotas prejudicaria os outros candidatos à
classificação de excelente, como supostamente teria acontecido no caso
relatado. Pela razão do estímulo ou pela da transparência, seria importante
revelar pelo menos quem teve excelente. Já os outros com muito bom, bom ou
inferior, não se ganha nada em revelar e poderia ser incómodo para quem teve
classificações baixas, em termos de imagem e auto-estima, podendo inclusive ser
usado contra o avaliado pelos seus superiores. Nestes casos seria mais correto divulgar
com autorização do avaliado. No caso dos Professores, a avaliação na Escola de
Engenharia por exemplo, teve a particularidade de permitir que os Professores optassem
por não ser avaliados no período de 2008-2012, o que no reglamento original
seria só aplicável aos anos anteriores a 2008. Isto por si só implica que neste
caso a avaliação por quotas, os excelentes, fique comprometida. Por isso
teremos que esperar até à próxima avaliação para sugerir que os excelentes
sejam divulgados. Depois ainda há a complicação do resultado ser anual e não
referente ao período completo. Parece que já se fazem os regulamentos da
avaliação para que não sejam completamente transparentes, tanto no caso dos
funcionários como dos Professores. No primeiro caso a avaliação é potencialmente subjetiva, por não haver, como há no caso dos Professores, parâmetros claros e
quantificáveis (publicações científicas, por exemplo). No caso dos Professores
avançam e recuam constantemente com o processo de avaliação, provocando uma
confusão tal que ninguém ao certo sabe se vale a pena ser avaliado ou não,
independentemente de não ser previsível a compensação remuneratória por via dos
escalões para queles que alcançam o excelente, devido aos cortes orçamentais na
função pública. Mas ao menos seria um reconhecimento do trabalho desenvolvido
por aqueles que ainda levam muito a sério as suas funções.