sexta-feira, abril 09, 2010

O futuro do IPCA passa pela integração na UM?

Numa referência ao IPCA, Instituto Politécnico do Cávado, por parte do Presidente do Conselho Geral da UM o engenheiro Braga de Cruz, foi dito que não teria futuro e sugerido que fosse integrado na UM como terceiro pólo. Penso que para esta instituição e para o seu futuro, não há nada pior que anunciar o seu hipotético fim.
Não conheço a instituição e não conheço a sua génese, mas suponho que nasceu no período áureo da frequência de alunos no Ensino Superior Público, tal como muitos outros politécnicos e Universidades privadas. Estas, se têm dificuldades fecham, por seguirem uma lógica do lucro. As públicas, supõe-se que têm outra lógica e que é um serviço público, tal como outras instituições públicas o são. Pode haver uma reestruturação, sem dúvida que será necessária, mas não penso que terá um fim. Seria o primeiro caso de um politécnico a fechar as portas, que me lembre. Também penso que os sub-sistemas foram criados para serem diferentes, e é estranho que um Presidente de um Conselho Geral sugira anular essa diferença administrativamente integrando o IPCA na UM! Será mais importante a meu ver, arrumar a casa do que arranjar mais confusão. Já há áreas que se sobrepõem dentro da própria UM, por isso não temos necessidade de mais sobreposições de cursos que aconteceriam com a integração do IPCA.
Quanto à existência de dois sub-sistemas, o Universitário e o do Politécnico, tenho consciência que Bolonha veio baralhar muito essa divisão, com as Universidades a leccionarem cursos de três anos que antes eram exclusivos dos Politécnicos. Mas daí a baralharem tudo e darem as cartas de novo, como se os cursos fossem iguais, penso que seria admitir o falhanço de Bolonha, porque essa não era a intenção de quem pensou em Bolonha, disso tenho a certeza.