quarta-feira, julho 02, 2008

A reestruturação da Escola de Engenharia - parte 1

Agora que os departamentos da Escola de Engenharia discutem o seu futuro, é bom que o façam pensando no futuro e não no passado. Assim o exige o RJIES e assim o exigem todos aqueles membros da Academia que perceberam há muito que a evolução da Ciência e da Tecnologia tem sido em grande parte concentrada nos novos materiais. Para uma formação dos futuros alunos não podemos ter uma estrutura do passado. Hoje há grandes áreas que são transversais e que devem ter expressão através da formação de grupos de diferentes sectores, que enriquecem essas áreas com a experiência que trazem desses sectores. É o caso dos Materiais. Sendo uma área transversal aos polímeros, têxteis, metais, construção civil, beneficia do cruzamento de informação entre especialistas destes sectores. Seria lógico que os professores e investigadores destes sectores que trabalham e investigam materiais, formassem uma estrutura de ensino com o objectivo de reforçar essas componentes nos diversos cursos sectoriais existentes (engenharia mecânica, têxtil, de polimeros ou civil)e formassem novos cursos transversais, que substituissem o actual curso de Engenharia de Materiais. Este foi fundado numa época em que nem sequer existiam os materiais funcionais o que leva a supôr que está muito desactualizado.
O cooperativismo e o conservadorismo de que os docentes do Ensino Superior são muitas vezes acusados, não pode prevalecer. Não é só o espírito do RJIES que o exige, é o próprio país. Não há progresso sem quebra de amarras. O situacionismo deve ser combatido. A inércia deve ser combatida. A iniciativa deve ser encorajada.
Diz-se que não se fazem omeletes sem ovos. Eu diria mais. Não se fazem omeletes sem primeiro se partirem as cascas dos ovos!Tenham paciência, façam alguma coisa, não se fiquem no vosso comodismo...